terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Hora de ir para escola


Por Fernanda Nogueira - Pedagoga e Educadora Infantil

O primeiro dia de aula de uma criança é muito mais sofrido para os adultos do que para as crianças, pode acreditar! A não ser em casos extremos, onde os pais estão tão ansiosos e inseguros que acabam transparecendo isso para as crianças e aí sim ela será afetada e pode demorar mais a se adaptar a essa novidade.
Crianças são assim, se adaptam com mais facilidade no geral, por não terem tantos “traumas, medos, expectativas...” elas vivem mais o momento, o concreto, aquilo que está ao alcance dos olhos e se o que vê e sente é bom, assim será!
Mas a maior dúvida que percebo nas amigas que são mães é: qual é o melhor momento, com qual idade a criança deve ir para escola. Bom, não sou mãe ainda mas posso imaginar como é difícil deixar sua preciosidade com “estranhos”. E minha resposta é: você pode se dar ao luxo de ficar em casa com seu bebê até ele ter mais resistência física, ou seja, mais imunidade e um pouco de indepedência para falar e andar? Não? Então o momento é o seu.
Porque penso assim? Os bebês ainda estão desenvolvendo seu sistema imunológico, então, quanto mais exposto estiver (como num berçário ou creche) mais vezes ficará doentinho, não que isso seja o fim do mundo, pois depois eles se recuperam e vão ficando mais fortes, mas e o desgaste da mãe de ter que sair do trabalho para ir ao pediatra, isso sem contar que o orientação nas escolas para os professores é: lugar de criança doente é em casa! Então tenha um chefe bacana e compreensivo para aceitar suas faltas e saídas repentinas. Acreditem pais, não é fácil dar atenção devida e merecida quando estão doentinhos numa sala de aula ou de berçário... A escola sempre se preocupará e tomará providências, seja contactando os responsáveis ou até em emergências já levando para o hospital (querem uma boa dos bastidores escolares? Não é raro estar com uma criança doente na sala e não conseguir encontrar os pais, caixa postal, reunião, viagem, médico, etc, etc.... e a gente fica com o coração na mão, nenhum remédio pode ser dado sem indicação dos responsáveis, imagine uma criança com febre ou dor por horas a fio...e nós professores de mãos atadas com mais uma turminha cheia de energia pra cuidar.), o professor conhece seu filho, sabe de olhar pra ele que tem algo errado, mas quando você está doente, qual é o lugar onde deseja estar? Na sua caminha, quietinho, de preferência com a mamãe e o papai, seja em que idade for, fale a verdade, rs. Imagine com um pequenino, mais frágil, mais sensível. Todos eles são o tesouro de alguém, cabe a nós também querer o melhor para eles.
Quanto ao andar e falar simplesmente porque do meu ponto de vista, me colocando no lugar de mãe ficaria mais segura, mas falando como professora, um BOM berçário é TUDO na vida de uma família zelosa. Um bom berçario, além da estrutura física confortável para comer, dormir e fazer higiene, tem que contar com uma equipe que se procupe com o desenvolvimento motor, social e intelectual do seu bebê.
E já ouvi,” nossa, mas é só um bebê, pra quê tudo isso?” (boas escolas cobram caro no geral!). Pense bem, qual é a fase em que mais se aprende e se desenvolve na sua vida inteira??? Faculdade? Intercâmbio? Não. Dos 0 aos 2 anos. As conexões cerebrais, as famosas sinapses, estão a todo vapor e estímulos são muito bem vindos, você sai do não controlar seu corpo à independência, diz o que quer, pode ou pensa que pode rs, fazer tudo que deseja, já tem personalidade e opiniões... Sério neh¿
Por isso a Educação Infantil não é só cuidar para que seu filho não seja mordido, não caia, se alimente e fique limpinho.
Tenho muitos tópicos a desenvolver ainda pra elucidar este texto. Música, movimentos corporais, experimentações sensoriais e sociais, oralidade, pensamento matemático, psicomotricidade, arte, bilinguismo.... atividades essenciais na Educação Infantil, desde berçário.

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