terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Diagnóstico de professor



Por Fernanda Nogueira

Já vivenciou ou conhece alguém que comentou “a professora ou coordenadora da escola do meu filho disse que ele é hiperativo...”? Eu mesma já presenciei por todos os lugares que passei “diagnósticos” do gênero serem feitos por pedagogos: tenho certeza que fulaninho tem dislexia, não consegue ler nada, escreve tudo ao contrário, tem dificuldade de leitura...aaahhh, certeza! Ou, é hiperativo, não pára quieto no lugar NUNCA!
Pra começo de conversa, pedagogo nenhum é habilitado ou tem conhecimento suficiente pra diagnosticar qualquer coisa que seja. Com certeza a professora saberá identificar algo que foge do padrão esperado para determinada idade, algum comportamento que esteja prejudicando a aprendizagem ou socialização, saberá identificar caso ocorra uma mudança de comportamento significativo, enfim, é o aliado perfeito para investigação e colaboração no tratamento, caso seja diagnosticado por ESPECIALISTAS.
Se a escola chama os pais para relatar algum tipo de preocupação com seu filho, pedir que investigue algum aspecto (emocional, neurológico, cognitivo..) seria bom ouvir, afinal, muitas das crianças de hoje em dia, passam mais tempo na escola do que em casa (descontando a noite, hora de dormir) e os professores e coordenadores estão preocupados com o desenvolvimento delas e tem experiência com padrões de faixa etária, pode não ser uma “simples implicância com seu filho”!
Mas quero deixar claro que somente um especialista (médico ou psicólogo, fono, psicopedagogo) podem fechar um diagnóstico. E de preferência que todos os profissionais envolvidos concordem, é claro.

Imagino que não seja fácil para os pais saberem que seus filhos tem algum tipo de “dificuldade”, que necessitam de tratamento ou acompanhamento especializado, mas quanto mais cedo se procura os médicos, mais resultados positivos são obtidos nos tratamentos, mas em contrapartida, muitos problemas são resolvidos com o simples conhecimentos de que seu filho precisa de óculos, e não é culpa da dislexia, disortografia que não está se alfabetizando, TDH (hiperatividade) e depressão infantil são muito parecidas (comportamento imperceptível para leigos), a depressão em crianças não as deixa sem vontade de nada e quietinhas como nos adultos, muito pelo contrário, problema de comunicação pode ser algo relacionado a audição, falta de concentração pode estar relacionada com alimentação.. enfim,  se algo chama a atenção da escola e você pai, mãe, responsável é alertado pela escola, não aceite um “diagnóstico” feito na sala da coordenação , é muita leviandade e pouca ética, bons profissionais nunca fazem isso.
Escute com atenção, compare com o comportamento em casa, reflita, avalie, observe, mas a confiança é imprescíndível, existem pais que ignoram o alerta da escola e quem “paga o pato” são as crianças,  procure especialistas, mova mundos e fundos. Família+ escola+ tratamento adequado superam qualquer obstáculo.  


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