Por Fernanda Nogueira
Já vivenciou ou conhece alguém que comentou “a professora ou
coordenadora da escola do meu filho disse que ele é hiperativo...”? Eu mesma já
presenciei por todos os lugares que passei “diagnósticos” do gênero serem
feitos por pedagogos: tenho certeza que fulaninho tem dislexia, não consegue
ler nada, escreve tudo ao contrário, tem dificuldade de leitura...aaahhh,
certeza! Ou, é hiperativo, não pára quieto no lugar NUNCA!
Pra começo de conversa, pedagogo nenhum é habilitado ou tem
conhecimento suficiente pra diagnosticar qualquer coisa que seja. Com certeza a
professora saberá identificar algo que foge do padrão esperado para determinada
idade, algum comportamento que esteja prejudicando a aprendizagem ou
socialização, saberá identificar caso ocorra uma mudança de comportamento
significativo, enfim, é o aliado perfeito para investigação e colaboração no
tratamento, caso seja diagnosticado por ESPECIALISTAS.
Se a escola chama os pais para relatar algum tipo de
preocupação com seu filho, pedir que investigue algum aspecto (emocional,
neurológico, cognitivo..) seria bom ouvir, afinal, muitas das crianças de hoje
em dia, passam mais tempo na escola do que em casa (descontando a noite, hora
de dormir) e os professores e coordenadores estão preocupados com o
desenvolvimento delas e tem experiência com padrões de faixa etária, pode não
ser uma “simples implicância com seu filho”!
Mas quero deixar claro que somente um especialista (médico
ou psicólogo, fono, psicopedagogo) podem fechar um diagnóstico. E de
preferência que todos os profissionais envolvidos concordem, é claro.
Imagino que não seja fácil para os pais saberem que seus
filhos tem algum tipo de “dificuldade”, que necessitam de tratamento ou
acompanhamento especializado, mas quanto mais cedo se procura os médicos, mais
resultados positivos são obtidos nos tratamentos, mas em contrapartida, muitos
problemas são resolvidos com o simples conhecimentos de que seu filho precisa
de óculos, e não é culpa da dislexia, disortografia que não está se alfabetizando,
TDH (hiperatividade) e depressão infantil são muito parecidas (comportamento imperceptível
para leigos), a depressão em crianças não as deixa sem vontade de nada e
quietinhas como nos adultos, muito pelo contrário, problema de comunicação pode
ser algo relacionado a audição, falta de concentração pode estar relacionada
com alimentação.. enfim, se algo chama a
atenção da escola e você pai, mãe, responsável é alertado pela escola, não
aceite um “diagnóstico” feito na sala da coordenação , é muita leviandade e
pouca ética, bons profissionais nunca fazem isso.
Escute com atenção, compare com o comportamento em casa,
reflita, avalie, observe, mas a confiança é imprescíndível, existem pais que
ignoram o alerta da escola e quem “paga o pato” são as crianças, procure especialistas, mova mundos e fundos.
Família+ escola+ tratamento adequado superam qualquer obstáculo.
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